Muitas lojas abrem exceções para algumas de suas clientes mais fieis, seja no horário de atendimento, na forma de entregar ou no prazo para um ajuste. Mas a Masqué teve que abrir tantas exceções que acabou as transformando em negócio. As compradoras – principalmente do mundo corporativo, que não têm tempo para ir à loja preferem dedicar o sábado à família do que às compras – começaram a pedir para a proprietária, Adriana Pedroso, enviar alguns pares para suas casas. Foi assim, na base da informalidade, que nasceu o hoje intitulado sistema de entrega da marca, para a felicidade de, em média, 35 mulheres que se valem do serviço por mês. A filosofia é muito profissional.
Os sapatos são entregues por um motoboy na casa da cliente em uma mala especial em que cabem nove pares e em geral se manda só uma mala, até a exceção tem suas exceções. A interessada fica 24 horas com os sapatos, todos feitos à mão e com um design elegante e sofisticado, mas nada básico. O resultado é que dificilmente alguém que pede a entrega resiste a pelo menos um novo parzinho no armário. O sistema é tão, mas tão certeiro que a empresa pode se dar ao luxo de não cobrar pela entrega e não exigir compromisso de compra. “E normalmente a cliente compra mais de um par”, diverte-se Adriana, que também é a design, mas prefere a alcunha de “shoe artist”