Segundo enquete realizada pela consultoria Fellipelli com mais de 1,3 mil voluntários, a falta de oportunidades de desenvolvimento foi apontada como o fator que mais desmotiva os colaboradores nas corporações. Já a segunda maior causa de desânimo foi a falta de reconhecimento de desempenho. Outros motivos para a perda do interesse são: ter de lidar com um líder controlador e autoritário, desempenhar funções que não utilizam as competências do profissional e a falta de feedback. “Trabalhar com motivação é fundamental para o sucesso de qualquer pessoa e, consequentemente, do negócio ou empresa. A realização profissional, o crescimento na carreira, metas alcançadas, bônus, enfim, tudo é consequência de motivação”, diz o diretor de relacionamento e negócios da Fellipelli, Caio Infante.
Ele acredita, no entanto, que grande parte do estímulo deva vir do próprio colaborador com relação aos desafios e tarefas que fazem parte do seu escopo de trabalho. “A empresa fica responsável por uma parcela menor da motivação, mas nem por isso menos importante, pois ela deve criar um ambiente saudável e competitivo para que as pessoas se desenvolvam e percebam sua importância para a companhia”, acrescenta. A especialista em coaching, Iranise Pedro, ressalta o papel da organização. “A ação realizada no trabalho precisa ter um motivo que faça sentido para o colaborador. Infelizmente, algumas empresas pecam por não conseguir criar uma visão compartilhada de futuro que inspire e dê uma direção clara para os seus colaboradores”, afirma ela. Estudos e manuais de recursos humanos apontam que, se a corporação não divulgar para os funcionários seus objetivos, desafios, metas para os próximos anos e estratégias, há o risco de ela criar um ambiente desfavorável à troca de idéias e, assim, desestimular o funcionário. Isso ocorre em consequência de o colaborador não saber se o que está fazendo se harmoniza com seus planos de carreira.