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Revista O Empresário / Número 102 · Novembro de 2006



Nível de colesterol, peso, antecedente familiar, estilo de vida. Esses são os indicadores de risco conhecidos para as doenças cardiovasculares. Fazem parte de qualquer check-up básico que se preze. Mas, de agora em diante, quem quiser cuidar melhor do coração terá de se submeter a uma nova geração de exames capazes de identificar com uma precisão muito maior os eventuais candidatos a um infarto. A grande vantagem desses testes é a capacidade de revelar com antecedência a possibilidade de surgimento do problema, mesmo em pessoas sem sintomas e que não apresentem os fatores de risco clássicos. Eles estão na lista dos testes que a Sociedade Brasileira de Cardiologia lançará até o final do ano para estabelecer critérios mais modernos de prevenção. Uma atitude necessária. As doenças cardiovasculares – basicamente infarto e derrame cerebral – são as mais fatais do mundo. No Brasil, elas levam 300 mil pessoas à morte todos os anos.

Os exames são divididos em categorias. A primeira baseia-se na avaliação feita pelos equipamentos mais recentes de diagnóstico por imagem. Um deles é a angiotomografia, realizada por tomografia computadorizada. O aparelho, chamado Brilliance 64, fornece uma “fotografia” do interior do coração na qual é possível visualizar qualquer obstrução por placas de gordura que podem entupir as artérias e levar a um infarto. O equipamento também revela se o vaso sangüíneo apresenta depósito de cálcio. Isso é muito importante. A existência do mineral indica a presença de placas, mesmo que elas não sejam grandes o suficiente para obstruir a artéria. Se esse dado for registrado, significa que o doente tem dez vezes mais chance de infartar.

Entre outras informações relevantes apresentadas no exame está o tipo de placa existente. Sabe-se que as mais perigosas são as placas moles, exatamente as mais recentes. Elas oferecem muito risco porque podem se romper facilmente e migrar para dentro do vaso, formando um coágulo que pode entupir o fluxo do sangue. Todos esses dados são possíveis graças à tecnologia do Brilliance 64. O aparelho obtém imagens do coração como se fossem cortes de espessuras com menos de um milímetro. E são feitos 64 cortes tomográficos simultaneamente. “Ele dá informações rapidamente e com uma precisão maior”, explica o cardiologista Valdir Moises, assessor médico da empresa de saúde Fleury, em São Paulo.
O outro teste incluído pela Sociedade de Cardiologia é o ultra-som para medir a espessura da artéria carótida. Se for constatado que ela tem mais de um milímetro de espessura – o que aponta a presença de gordura –, há 25% de chance de o indivíduo sofrer um infarto ou derrame em sete anos. Na nova lista está ainda o Índice tornozelo-braquial. Trata-se do levantamento da pressão arterial em uma artéria do braço e em outra localizada na perna. Se a do membro inferior apresentar diferença, pode ser indício de que o depósito de gordura nos vasos sangüíneos já atingiu um caráter sistêmico. Ou seja, está no corpo todo. “Calcula-se que 66% das pessoas que têm obstrução nas artérias periféricas também manifestam o mesmo problema nas coronárias”, explica o cardiologista Jairo Neubauer Ferreira, da Unidade de Check-Up do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Os cardiologistas vão incluir também exames que atestam a presença de novos marcadores bioquímicos. Um deles é a quantidade da proteína C Reativa no sangue. Ela é um indicador de inflamação e por isso tão importante quando se almeja a prevenção de males cardíacos. Hoje se reconhece a aterosclerose (depósito de gordura nos vasos) como uma doença inflamatória. E esse exame revela o processo de armazenamento de gordura ainda bem em seu início.

As outras duas substâncias que passam a fazer parte da lista são a microalbuminúria e a creatinina, dois compostos filtrados pelos rins. Se estiverem em excesso, é grande a chance de os vasos renais já estarem comprometidos pela gordura, o que eleva a possibilidade de as artérias do coração também estarem sofrendo. No entanto, essa associação entre enfermidades cardíacas e renais é uma novidade. Por isso, muitos médicos ainda não estão atentos à relação. “Mas é preciso dar mais atenção a isso”, explica o médico Adagmar Andriolo, do Fleury.

Todos esses exames serão recomendados para os pacientes considerados de baixo ou médio risco. “Eles são o grande problema em termos de prevenção”, afirma o cardiologista Cláudio Domenico Schettino, da Clínica São Vicente e GaveaCor, no Rio de Janeiro. É compreensível. Segundo estimativas internacionais, 40% da população apresenta risco médio. Isso significa que eles são portadores de apenas um ou dois fatores de risco clássicos, como tabagismo e obesidade. Por isso, pode-se ter a idéia equivocada de que estão livres de um infarto. Mas sabe-se que 66% desses acidentes cardíacos são causados justamente por obstruções menores que podem muito bem já estar corroendo as artérias desses indivíduos. Porém, sem ser submetidos a exames como a angiotomografia com escore de cálcio, elas jamais seriam diagnosticadas. Foi por meio desse teste, aliás, que o dentista Marcos Silva Costa, 44 anos, de São Paulo, soube que seu coração já apresentava as chamadas placas moles. Ele faz check-up há quatro anos, tem índices de colesterol normais, mas foi alertado por uma pequena alteração no resultado do teste de esforço a que se submeteu na última bateria de exames.

O resultado do exame obrigou Marcos a entrar em um programa mais agressivo de prevenção. “Isso tem de ser feito”, afirma o cardiologista Raul Dias Santos, diretor da Unidade Clínica de Dislipidemias do Instituto do Coração (InCor), de São Paulo. Agora, mesmo sem nenhum sintoma, o dentista toma aspirina e estatina. O primeiro medicamento contribui para evitar a formação de coágulos, entre outros efeitos. E o segundo é o mais usado para o controle do colesterol. “Esses pacientes devem ser acompanhados mais de perto”, defende o cardiologista Lilton Castellan Martinez, médico de Marcos.

Além dos testes recomendados pela Sociedade, há outra novidade na área de prevenção. Uma pesquisa realizada no InCor demonstrou que o ácido úrico poderá se tornar mais um novo indicador de risco para doença cardíaca. Segundo o trabalho, independentemente da existência de outros fatores de risco, homens com nível elevado de ácido úrico no sangue têm 3,5 vezes mais calcificação nas artérias coronárias e 2,8 vezes mais calcificações graves.

O trabalho, coordenado por Santos, será publicado na edição de janeiro da American Journal of Cardiology, uma das mais importantes revistas científicas em cardiologia do mundo. Outros estudos deverão ser feitos para esclarecer a relação entre as taxas de ácido úrico e a calcificação de placas e contribuir para que o indicador seja inserido oficialmente na lista dos marcadores de risco. Mas, na opinião do cardiologista Santos, seria recomendável que os médicos passassem a dar atenção a ele a partir de agora, principalmente nos casos de pessoas com história familiar de problemas cardíacos e com mais de 50 anos.
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