Revista O Empresário / Número 102 · Novembro de 2006
As taxas de juro caíram, vão cair mais e tornar quase imbatível a rentabilidade da poupança. Conversas cautelosas entre bancos e governo começam a tomar conta dos gabinetes em Brasília, tendo por pano de fundo a possibilidade de uma migração maciça de recursos para as cadernetas. Hoje, 65% dos depósitos em poupança têm obrigatoriamente de ser investidos em crédito imobiliário.
Representantes da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) estiveram no Ministério da Fazenda para propor mudanças na fórmula de cálculo da TR, que corrige a poupança. Elas manteriam a rentabilidade entre 65% a 75% da média do CDB, líquido de Imposto de Renda, diz Décio Tenerello, presidente da Abecip.
No ano, até setembro, pelos dados do site Fortuna, a caderneta rendeu 6,22% e os fundos de investimento (curto prazo, DI e renda fixa) de grandes bancos de varejo, com aplicação mínima de até R$ 5 mil, 8,83%. Se os recursos forem sacados do fundo antes de 180 dias, a incidência de IR reduz o ganho a 6,84%.“ Se a Selic cair mais 1,5 ponto, vai entrar um caminhão de dinheiro na poupança.”