Revista O Empresário / Número 124 · Outubro de 2008
A crescente classe média brasileira chegou às páginas da revista “Economist”. Além da melhoria na educação e no emprego formal, bem como da expansão do crédito que permitiu o acesso a bens de consumo duráveis, chamou a atenção da “Economist” a atração que a classe média brasileira tem por marca, o que não é visto nos Estados Unidos e Europa.
Segundo consultoria Mckinsey, uma das explicações para isso seria o fato de que, no Brasil, a classe média – segundo a FGV, com renda domiciliar entre- R$ 1.064 e R$ 4.591 mensais – é formada por pessoas “que normalmente servem outras, então ser atendido por alguém é muito importante para elas.
Os brasileiros de classe média podem evitar as fantásticas lojas que atendem os ricos, mas eles não querem um ambiente com aparência de liquidação”, afirma a revista.
Segundo a “Economist”, essa consciência sobre moda e marcas se deve, em grande parte, à influência das novelas, que costumam mostrar um Rio Janeiro de classe média alta”. Elas tendem a mostrar um mundo onde pessoas brancas e elegantes, vestidas em roupas caras, circulam em um verão perpétuo, servidas por empregadas”. A revista chega a ver uma das causas da grande procura por academias e produtos de beleza no Brasil, bem como por cirurgias plásticas.