O que fazer, se você consegue a duras pernas gerar sobras mensais para investir, mas, infelizmente, seja pela falta de conhecimentos específicos ou tempo, seja por comodidade, fica perdido na hora de aplicá-las?
1.Trace sua estratégia: Defina o valor a acumular, o prazo e a sobra mensal e, em seguida, encontre a taxa necessária para chegar à sua meta. Por exemplo: para ter R$ 100 mil após 60 depósitos mensais de mil reais, seu dinheiro precisará render 1,5687% ao mês (faça as contas em www.bcb.gov.br/?APLICAÇÃO)
2.Quanto arriscar: taxas mais altas exigem aplicações de risco. Você não conseguirá obter a taxa acima apenas na poupança, que rende 0,59% ao mês*, mas também não precisará aplicar tudo em fundos de ações indexados ao Ibovespa, que rendem 2,44% ao mês*: R$ 470 na poupança e R$ 530 em ações resolverá o seu problema.
3.Classe de Risco: Não há fórmula mágica para definir o seu perfil. Em geral, aceitam mais riscos os mais jovens, os de maior patrimônio ou os que conseguem maiores sobras mensais para investir, entre outros. Existem duas grandes classes de risco, subdivididas em várias categorias de fundos: Baixo Risco, que correspondem aos de curto prazo, DI ou renda fixa e os de Alto Risco, que correspondem aos de ações, em suas diversas modalidades. No exemplo, se R$ 530 nas ações fazem você perder o bom humor, reavalie: aumente o prazo da aplicação ou a sua contribuição mensal.
4.A escolha: Todos nós adoramos rentabilidades elevadas, mas detestamos riscos ( a tal da escolha racional). Logo, ao comparar entre duas categorias de fundos da mesma classe, não escolha uma com maior risco que renda menos. O mesmo raciocínio vale para classes intermediárias (risco médio), onde se incluem os fundos multimercado.
5.Referência: Ao utilizar a estrutura dos fundos de investimento, você paga por isso. Para avaliar se o serviço que você recebe está caro, use níveis de referência (benchmarks) associados à categoria do fundo. Por exemplo, compare o desempenho dos fundos de ações -Vale com o desempenho das ações da empresa e não com o CDI. Boa Sorte. (*média últimos 12 meses encerrados em abril)