Revista O Empresário / Número 139 · Fevereiro de 2010
PIRÂMIDE INVERTIDA?
As classes C,D e E respondem atualmente por 85% da população, 69% dos cartões de crédito e 70% de tudo o que se compra no supermercado, concluiu um estudo realizado pela consultoria Data Popular em parceria com o instituto Datafolha. A pesquisa identificou dez tendências de comportamento no consumidor emergente. Fique atento e veja se você está explorando todo o potencial desse vasto mercado consumidor:
Consumo de inclusão – O mercado emergente desenvolveu um jeito próprio e inclusivo de comprar. As marcas que forem didáticas e apresentarem esse novo universo de consumo terão a fidelidade das classes C, D e E.
Identidade e autoestima – A base da
pirâmide está mais consciente da sua importância na sociedade e enaltece a relação com suas origens, história e características.
Acesso e qualidade – Com maior poder de consumo, esses consumidores exigirão cada vez mais qualidade.
Educação como investimento – Eles se conscientizaram que, por meio da educação, podem mais e, por isso, estão investindo na educação dos filhos; pensando no próprio futuro.
Juventude e geração C – Os atuais jovens da baixa renda são mais escolarizados, informados e mais ativos economicamente que seus pais. O Brasil de amanhã terá mais as características dos jovens da atual baixa renda.
Vaidade e beleza – Estar bem arrumado diminui as barreiras sociais. Com maior acesso aos produtos de beleza e aos tratamentos estéticos, novos padrões de beleza serão mais abrangentes.
Novos papeis, nova família – Com o crescimento do poder (consciência, status e renda), as mulheres da baixa renda estão mais independentes. Isso implica famílias menos com renda per capita maior.
Redes, dicas e boca a boca – As classes baixas cresceram e aprenderam a conviver em ambiente colaborativo. Aliada às novas tecnologias e à disseminação das redes sociais, a baixa renda potencializará as suas já extensas relações sociais.
Capilaridade e segmentação – A geografia dos bairros e os diferentes tipos sociais exigem produtos e distribuição segmentados.
Tecnologia como investimento – A penetração de tecnologia da informação está em plena expansão nas classes baixas, principalmente por meio dos jovens. A tecnologia é vista como investimento no futuro profissional e canal de acesso às informações.