Voltava da roça para casa, no fim da tarde, com seu cansaço, sua pobreza e a faca fina de cortar fumo. No meio do caminho, saltou uma onça, os olhos acesos como fogueira. Puxou a faca fina de cortar fumo e rezou:
- Senhor, meu Deus, protetor dos valentes e dos medrosos, se vós estais do meu lado, fazei com que eu acerte o coração dela na primeira enfiada. Se estais do lado dela, fazei com que ela me pegue logo o pescoço e me mate em um segundo, para eu não sofrer. Agora, senhor, meu Deus, protetor dos valentes, se vós não estais nem do meu lado nem do dela, sentai naquela pedra para ver a briga mais bonita do mundo.