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Revista O Empresário / Número 98 · Junho de 2006



A idéia de relatar cases é para que os empresários que estiverem lendo este artigo façam associações imediatas com suas próprias situações e encontrem caminhos para solucionar seus problemas ou mesmo ajudar amigos que estejam passando por isso.

Os casos são verdadeiros, todos aqui do interior de São Paulo, e duas das empresas ainda estão operando: a fábrica de sofás, que diminuiu de 40 funcionários para cinco e hoje sustenta a família; e a fornecedora de refeições, que não se preparou para a entrada de concorrentes mais competentes e agora tenta recuperar terreno.

Primeiro case – Um empresário com apenas um filho, estudante de Administração de Empresas. Com 20 anos, atuava na empresa fabricante de barcos, em funções operacionais. Ficava na mesma sala do pai, em uma mesa pequena, observando o dia todo. O pai, criador da empresa há cerca de 20 anos, vinha tocando do seu jeito, empírico, já que não tinha formação escolar e havia aprendido o ofício com outros concorrentes, quando jovem. Insistiu com o filho para que estudasse e este estava no terceiro ano de Administração de Empresas. O rapaz estudava à noite e passava o dia na empresa. O pai concentrava o poder em si e apenas transferia as atividades operacionais mais simples para o filho, que ficava sentado em uma mesa pequena perto da sala da diretoria. Ao perguntarmos como treinava seu filho, o pai respondeu que o garoto ficando ali perto, via como as coisas eram resolvidas e aprendia. Comentamos que ele poderia enviar o filho para visitar os fornecedores de alumínio para os barcos, os distribuidores e lojistas do setor. Ele retrucou que não, que o filho era muito novo e que era melhor que tudo ficasse como estava. Resultado: fechou cerca de três anos depois da nossa visita.

Lição de casa – A preparação dos filhos na gestão familiar precisa ser adequadamente direcionada, a partir do momento em que eles tomarem contato com as atividades operacionais e administrativas. Recomendamos que isso seja feito em torno dos 15 anos (no máximo), para que definam sua vocação em tempo hábil, sem iludir os pais ou eles mesmos.

Pais que acreditam que os filhos aprenderão ficando apenas sentados ao seu lado cometem um erro grave: adultos aprendem fazendo, experimentando, sofrendo a pressão das decisões. Coloquem seus filhos para viajar, visitar fornecedores, clientes, lojistas, negociar preços e aprenderão mais rápido.

Os filhos também têm de se definir o mais cedo possível: se vão seguir a sua vocação e se ela é compatível com o que a empresa da família oferece. Caso decidam partir para experiências fora dos negócios familiares, estarão possibilitando também que estes sejam profissionalizados, mesclando familiares com profissionais do mercado, uma das receitas mais produtivas existentes.

Segundo case – Um empresário construiu o patrimônio da família fundando vários negócios durante a vida, o último foi uma fábrica de sofás. Entrou com o capital e colocou os dois filhos mais jovens para tocar a fábrica. Um com 25 anos, que seria o diretor comercial e outro de 22 que faria bancos e coordenadoria expedição. Contratou alguns veteranos do mercado local para o escritório. Um dos filhos realmente tinha muita habilidade comercial, adquirida vendendo produtos alimentícios de porta em porta, mas se revelou uma negação na gestão dos resultados financeiros e organização administrativa. Gostava de negociar, de visitar clientes, sabia conversar bem, mas depois furava as entregas e também acaba atrasando com seus fornecedores. O mais jovem fazia o expediente dos bancos normalmente, mas não se aventurava a assumir maiores responsabilidades, além de acompanhar os carregamentos de sofás para os clientes e o recebimento das matérias primas. A empresa tinha cerca de 40 funcionários, um layout deficiente em dois níveis com mais de três metros de diferença, com muitas escadas, o que acabava por atravancar o fluxo de materiais entre a marcenaria (parte da madeira, que era toda feita na fábrica) e a parte da montagem e acabamento dos sofás. Os modelos não tinham um estudo, mas bastava que eles viajassem e vissem uma novidade para copiar na hora. Ás vezes o tiro dava errado e o produto encalhava. Então o pai abriu uma loja na frente da fábrica, que era em uma avenida à beira da rodovia, para se desfazer os encalhados. Tinha um volume muito alto de devoluções, em função da despreocupação com a qualidade. Com o tempo, foi encolhendo, parou de atuar junto às lojas e hoje fabrica somente por encomenda e para sua própria loja, com apenas cinco funcionários. Os irmãos casaram e colocaram as respectivas esposas na empresa.

Lição de casa – Um tipo de habilidade, como a comercial, não leva uma empresa sozinha ao sucesso se não houver complementos de igual competência nas áreas administrativa financeira, fiscal-tributária e de custos. É preciso buscar a capacitação mais completa para exercer a função de executivo principal em um negócio, mesmo que seja uma pequena fábrica de sofás.

As funções precisam ser definidas e deve existir um sistema de cobrança, seja do pai, que poderá ter a função ingrata de ser o chato, o carrasco, mas que irá exigir que as coisas sejam cumpridas.

A preocupação com a qualidade deverá ser uma constante, desde o início das atividades da empresa, como uma bandeira que todos defendem, até mesmo como parâmetro de sobrevivência no mercado. O desleixo com a qualidade, associado à displicência nas funções e à falta de capacitação podem acabar com uma empresa em pouco tempo.

Terceiro case – Um empresário criou uma empresa de alimentação industrial e, após se aventurar na política da cidade e nas diretorias de clubes, resolveu atuar em outro segmento, entregando a empresa ao filho e à filha. O filho se formou em Administração e tem 25 anos, atuava na área administrativa da empresa, mas não tinha vocação para área comercial, coisa que o pai fazia muito bem, embora seu sucesso estivesse mais relacionado à convivência dos empresários clientes, em meios sociais, clubes, associações e outras entidades. Resolveu atuar no segmento, imobiliário e montou uma imobiliária na mesma cidade. A filha de 23 anos, nutricionista, cuidava da parte operacional e da qualidade das refeições. Por uma questão de concorrência e preços, perderam alguns clientes no mercado local, o que fez com que o pai tivesse de fazer várias visitas, tentando reverter algumas quebras de contrato. Conseguiu algumas, mas teve dificuldade em outras, que alegavam uma queda na qualidade da comida, que as pessoas tinham enjoado do tempero deles e queriam experimentar novas opções. A filha, atuando internamente e sem vocação comercial, se limitava a tomar conta dos ingredientes e das cozinheiras. O filho, sem vocação comercial, apenas social, nas badalações locais e festas. A empresa começava a sentir a força de novos concorrentes mais competitivos.

Lição de casa – Qualquer empresa que dormir no ponto, seja na preparação dos herdeiros e sucessores ou com relação aos concorrentes, poderá sair do mercado, encolher e ter problemas financeiros. É preciso investir sempre, principalmente, quando se trata de refeições, em que pequenas diferenças de sabor, de apresentação, sofrem críticas e influências do público-alvo.

A preparação dos filhos deverá ser a mais abrangente possível, para cobrir talentos que estejam deixando o negócio, seja do próprio pai ou de executivos. Uma alternativa é colocar profissionais externos, capacitados e bem remunerados, que possam cobrir as deficiências de formação dos filhos e ao mesmo tempo em que atuam recuperando a empresa, também estarão treinando os mesmos.

O mercado não perdoa empresas que não apresentam alta qualidade nos serviços e produtos, já que entendem isso como obrigação e não como diferencial nos dias atuais. Logo, se não houver um grande esforço da família, até mesmo abrindo espaço para profissionalizar com executivos, os resultados poderão minguar e complicar a vida da empresa.


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