Revista O Empresário / Número 147 · Outubro de 2010
Falar bem não é dom divino. Falar bem - como nadar bem, saltar bem, escrever bem, ler bem - é habilidade. Exige treino.
Os profissionais da palavra - professores, políticos, consultores, apresentadores de programas de tevê – aprenderam há muito a “conversar” com o público. Desenvolveram habilidades corporais e linguísticas capazes de torná-los bons comunicadores. Vamos a elas?
REGRA SOBERANA
Seja natural. Seja você mesmo. Não tente imitar Jô Soares, Sílvio Santos ou Faustão. Você fala por que tem algo a dizer. E há um público que quer ouvi-lo. Se quisesse ouvir outro, o outro seria convidado.
O CORPO COMUNICA
Nós falamos com as palavras e o corpo. O gesto, o olhar, o movimento transmitem mensagens. Pesquisas revelam o peso de cada componente.
=>Mantenha o plexo solar à mostra. Ele emite energia para o grupo. Exiba-o vaidosamente. Como? Encaixe a cintura pélvica. Apoie os dois pés no chão e jogue os ombros para trás.
=>Respire com o plexo solar. Deixe o ar chegar lá embaixo. Pratique. Deite-se com um livro sobre a barriga. Preste atenção ao vaivém do ar.
=>Olhe para o público. O alimento do orador é olhar. Você fala com gente de carne e osso. Olhe nos olhos dos ouvintes. Não eleja só um ou dois mire todos. Eles retribuirão. Ops! Não olhe para o chão, para teto um ponto neutro. Se cair nessa esparrela, você desqualifica a plateia.
=>Fale com voz pausada. Nem tão rápido. Nem tão lento. A sabedoria está no meio.
=>Cuide da voz. Uma voz clara, harmoniosa e sedutora não cai do céu nem salta do inferno. É conquista.