Segundo uma pesquisadora da Queen’s University, do Canadá, Silvia Phillips, a propensão de assumir riscos é o principal fator de aumento da mortalidade entre os homens. Sabemos que, proporcionalmente, as mulheres morrem menos que os homens em qualquer idade – em todas as faixas etárias estudadas, há, em média, 10% mais mortes masculinas.
Alerta.
O mundo dos negócios pode ser fatal
A pesquisadora descobriu que, pelo menos entre os canadenses, o excesso de mortes masculinas está associado a comportamentos de risco, uma vez que grande parte se deve a acidentes, traumas violentos e suicídios.
Nos últimos 30 anos, nos países onde houve crescimento econômico, os homens tiveram uma redução de expectativa de vida próxima a cinco anos, enquanto, para as mulheres, houve um aumento da expectativa em torno de cinco anos. Já nos países cujas economias não cresceram, as variações não foram significativas.
Uma conclusão importante da cientista é que o ambiente do mundo dos negócios é o maior risco que os homens de meia-idade podem enfrentar.
Apesar de o excesso de mortalidade entre homens também ser por causa de doenças cardiovasculares, a quantidade de mortes por acidentes acaba interferindo muito mais na diferença entre os gêneros. Os homens morrem mais cedo porque competem e se arriscam e as mulheres morrem mais de velhice mesmo.
PRESCRIÇÕES PERIGOSAS
Nos EUA, prescrições de medicamentos para uso não aprovado provocam um gasto extra para o sistema de saúde, pois uma boa parte dessas indicações é feita sem fundamento científico e pode provocar reações adversas.
Uma avaliação de prescrição para 160 medicamentos diferentes feita em 2001 encontrou 150 milhões de prescrições para uso não aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão que analisa e autoriza o uso de medicamentos nos Estados Unidos. Esse número representa 21% do total de prescrições.
Na maioria dos casos, as prescrições desautorizadas referem-se a medicações para cardíacos e anticonvulsivantes. Nesses dois grupos de remédios, 46% das prescrições eram para problemas não referidos na bula. E cerca de 75% dessas indicações médicas nem sequer se apoiavam em alguma base científica.
O uso indevido e mal indicado de medicações é uma prática comum entre médicos e profissionais de saúde também no Brasil. A falta de controle no marketing dos laboratórios e a desinformação da população, além da ação de balconistas de farmácias, provocam gastos desnecessários e um enorme risco para todos nós.
DOLORIDOS, ATENÇÃO!
Um estudo publicado no mês passado na revista Spine avalia o efeito de suporte psicológico para pessoas com dores nas costas. Na pesquisa, 213 pacientes com dor receberam esse tipo de apoio por um período de cinco anos. Apesar de receber o mesmo atendimento no sistema de saúde que os demais indivíduos portadores do problema, os que contaram com suporte psicológico faltaram três vezes menos no trabalho, mostraram-se mais ativos e relataram gozar de melhor qualidade de vida.Esses resultados indicam que, sobretudo em empresas com grande número de funcionários, um programa de ergonometria e de orientação a indivíduos com dor crônica pode fazer uma enorme diferença na produtividade.
