Nos últimos meses, dioceses em todo o mundo vêm oferecendo aos católicos um benefício espiritual que saiu de moda há décadas - a indulgência, uma espécie de anistia da punição na vida, após a morte.
Segundo ensinamentos da igreja, mesmo depois de o pecador ser absolvido no confessionário e cumprir a penitência, ainda enfrenta o castigo após a morte, no purgatório, antes que possa ingressar no paraíso. Em troca de determinadas orações, devoções ou romarias em anos especiais, um católico pode receber uma indulgência, que reduz ou apaga esse castigo instantaneamente. Há indulgências, que reduzem o tempo de purgatório por determinado número de dias ou anos, e indulgências plenárias, que eliminam o tempo de purgatório todo, até que seja cometido outro pecado.
O fiel pode obter uma indulgência para ele mesmo ou para uma pessoa que já morreu. Não se podem comprar indulgências - a igreja proibiu a venda em 1567-, mas contribuições caridosas, associadas a outros atos, podem ajudar o fiel a fazer jus a uma delas. As indulgências plenárias são limitadas a uma por pecador por dia.
A oferta atual está ligada à celebração de São Paulo, que dura um ano, até junho.
Fazer os católicos voltarem ao confessionário foi uma das motivações que levou à reintrodução das indulgências. Num discurso feito em 2001, JoãoPaulo II descreveu como “feliz incentivo” à confissão. Fonte: “New york Times”