Em momentos de crise, além das pessoas que perderam suas posições e procuram novas, há aqueles que querem mudar para setores menos afetados. Por isso, são centenas de currículos por semana.
Para ser notado no meio dessa enxurrada de e-mails e papéis, um currículo precisa ter algumas características. A principal, e que a maioria não tem, é apresentar números e resultados.
Não basta apenas listar que a pessoas foi diretora de vendas por um número xis de anos. Ela precisa colocar que, enquanto ocupou o cargo, implantou um novo sistema de controle de estoques, aumentou as vendas da empresa em tantos por cento, diminuiu gastos em tantos por cento. A pessoa não deve pensar que esses dados ela pode fornecer na entrevista. Sem eles, atualmente ela nem chegará a uma entrevista.
Ainda existe no país resquícios da cultura de que fazer uma longa carreira no mesmo lugar conta pontos.
Então chegam currículos apenas com os períodos em que a pessoa ocupou determinadas funções. Isso não diz nada. Afinal, o que essa pessoa fez por tanto tempo?
Além dos resultados, outro ponto falho em muitos currículos, segundo os consultores, são as formas de contato. Pode parecer ridículo, mas de 10% a 20% dos currículos chegam sem telefones e e-mail de contato ou com dados desatualizados.
Outro cuidado é evitar jargões do setor em que a pessoa atua ou o “corporativês”.
A dica é mostrar o currículo para alguma pessoa de fora ler. Se ele não entender alguma coisa, existe a chance de contratantes não entenderem também, se não estiverem ligados àquele setor.
E o currículo deve estar pronto mesmo se a pessoa ainda está trabalhando. É muito mais fácil mantê-lo atualizado do que correr para fazer um novo, caso você pretenda buscar novas atividades.
Mesmo quem está bem colocado pode precisar a qualquer momento. A Associação Empresarial de Cambuí digita o currículo para você.