Responsáveis por provisões de quase R$ 65 bilhões para devedores durvidosos até dezembro, segundo a consultoria Austin Ratings, os bancos preveem que o crédito cresça 14,2% em 2009 e some um total de R$ 1,4 trilhão - em janeiro, a expectativa era de expansão de 16,2%. Com inadimplência de 5,4%, as provisões atuais de R$ 65 bilhões não serão suficientes para cobrir eventuais perdas que podem chegar a R$ 75 bilhões.
Desde a pesquisa de janeiro, aumentou o pessimismo dos bancos em relação à economia. A previsão é que o PIB cresça só 0,3% em 2009 - em janeiro, ainda era 1,9%. A produção industrial deverá recuar 1,7% - antes, era 1,3%. A única previsão considerada positiva é quanto à taxa Selic, que deverá terminar o ano em 9,25% - em janeiro, era de 10,75%.
“A pesquisa aponta na direção da desaceleração da atividade econômica, com projeções menores para PIB, inflação sob controle e espaço para novas quedas na Selic”.
Para 50% dos bancos, haverá uma piora no quadro econômico. Já 42,9% acreditam que a situação ficará igual até o final do ano, enquanto só 7,1% percebem alguma melhora.
Na pesquisa, 59,3% disseram esperar uma retomada do crescimento só em 2010, enquanto 33,3% veem possibilidade de recuperarão ainda em 2009 em 7,4% só a partir de 2011.
Entre os bancos, 42,3% afirmaram concordar com a proposta de estatização do sistema bancário americano como única solução para crise - 19,2% disseram discordar e os 38,5% restantes disseam não concordar nem discordar da proposta.