Revista O Empresário / Número 94 · Fevereiro de 2006
Um grande homem morreu hoje. Ele não era um líder mundial, nem um médico famoso, nem um herói ou um ídolo do esporte. Não era um magnata dos negócios e vocês nunca viram o nome dele no jornal, mas ele foi um dos melhores homens que já conheci. Esse homem era o meu pai.
Ele nunca esteve interessado em receber créditos ou honrarias. Fazia coisas banais, como pagar as contas em dia, ir à igreja aos domingos e ser diretor da Associação de Pais e Professores. Ajudava os filhos com o dever de casa e levava a mulher para fazer compras nas noites de quinta-feira. Achava o máximo levar seus filhos adolescentes e os amigos deles aos jogos de futebol.
Esta é a minha primeira noite sem meu pai. Não sei o que fazer. Hoje me arrependo pelas vezes em que fui impaciente com ele, dei respostas malcriadas ou não tomei conhecimento do que ele dizia, mas estou agradecido por muitas outras coisas.
Estou agradecido por Deus ter me deixado ficar com meu pai algum tempo e fico feliz por ter podido dizer a ele o quanto o amava.
Esse homem maravilhoso morreu com um sorriso no rosto e com o coração realizado. Ele sabia que era um grande sucesso como marido, como pai, como irmão, filho e amigo. Eu me pergunto: quantos milionários podem afirmar isso?