Revista O Empresário / Número 114 · Novembro de 2007
Os girassóis são flores “raçudas” que enfrentam até a mais violenta intempérie e acabam sobrevivendo. Querem luz e espaço e, em busca desses objetivos, se contorcem o dia inteiro. Aprenderam a viver com o sol e, por isso, são fortes.
Já os miosótis são plantinhas lindas, que exigem muito mais cuidados. Gostam mais de estufa.
Os girassóis se viram, e como se viram!
Os miosótis quando se viram, o fazem de maneira errada. Precisam de atenção redobrada.
Há filhos girassóis e filhos miosótis.
Os primeiros resistem a qualquer crise: descobrem um jeito de viver bem, sem ajuda.
As mães chegam a reclamar da independência desses meninos e meninas, pois raramente precisam pedir socorro.
Por outro lado, há filhos miosótis, que sempre precisam de atenção. Todo cuidado é pouco com estes.
Reagem desmesuradamente, melindram-se, são mais egoístas que os demais ou, às vezes, mais generosos e ao mesmo tempo tímidos, caladões, encurralados. Eles estão sempre precisando de cuidados.
O papel dos pais é o mesmo do jardineiro que sabe das necessidades de cada flor, incentiva ou poda na hora certa.
De qualquer maneira fiquem atentos. Não abandonem demais os seus girassóis porque eles também precisam de carinho... e não protejam demais os seus miosótis.
As rédeas permanecem com vocês assim como a tesoura e o regador.
Não neguem, mas não dêem tudo que querem: a falta e o excesso de cuidado matam igualmente a planta.