Uma em cada dez manicures de São Paulo está contaminada pelo vírus da hepatite B ou C, aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde realizado com cem profissionais. Após análise do sangue, os resultados mostraram que dez das mulheres estavam com hepatite – oito delas com o vírus do tipo B e duas com o tipo C.
A contaminação provavelmente aconteceu porque elas não adotaram as medidas necessárias para evitar o contágio. A transmissão acontece quando materiais contaminados são compartilhados.
Apenas 26% das manicures esterilizam os instrumentos com autoclave (com sabão sob pressão), método considerado o mais seguro.
Outras 54% utilizam estufa, 8% usam forninho de cozinha, e 2% não esterilizam os equipamentos.
Segundo Oliveira, apenas 8% delas limpam os equipamentos antes de mandá-los para esterilização. “Se o equipamento não está limpo, a esterilização é ineficaz”.
Outro problema constatado foi a falta de higienização após os procedimentos. Apesar de 74% das profissionais terem afirmado que sempre lavam as mãos antes e depois de fazerem as unhas dos clientes, foi constatado que ninguém adotou esse procedimento enquanto a pesquisadora permaneceu no salão observando o atendimento.
FIQUE DE OLHO
Os vírus da hepatite B e C são transmitidos por equipamentos contaminados, sem a necessidade de haver sangramento.
O vírus da hepatite B, por exemplo, sobrevive sete dias em temperatura ambiente.
ANTES DE FAZER AS MÃOS OU OS PÉS, OBSERVE:
=>a higiene e a organização do local.
=>se a toalha usada é individual.
=>se os alicates e espátulas são esterilizados corretamente.
=>se a embalagem de esterilização tem data e é aberta na sua frente.
=> se as lixas e palitos são descartáveis.
=>se a manicure lavou as mãos entre um procedimento e outro.
=> se a manicure usa luvas e as descarta após cada procedimento.