Revista O Empresário / Número 171 · Outubro de 2012
Boas estratégias costumam nascer de um ponto de vista diferente, original. Então, por que a maioria das empresas recorre aos consagrados modelos de gestão e suas ferramentas tradicionais (segmentação de mercado, análise industrial, benchmarking...)? Três professores da London School of Economics, Jules Goddard, Julian Birkinshaw e Tony Eccles, desenvolveram um exercício para pensar diferente: a busca pelo “senso incomum”.
Funciona assim: forme um grupo de funcionários que conheça a fundo o negócio e peça que cada um exponha suas concepções básicas sobre o modelo. A seguir, separe os comentários em dois grupos, os de comum acordo e os estranhos, minoritários. Questione os consensos: por que a maioria concorda? E examine as ideias esquisitas: que rumo apontam e como testá-las? Aí, é hora para um brainstorm sobre quais crenças diferentes poderiam ser adotadas no modelo. Mesmo que pareçam erradas à primeira vista, seriam viáveis? Como resultado desse processo, a empresa terá em mãos uma lista de possibilidades – algumas poderão ser implementadas na rotina, outras, necessitarão de uma equipe especial ou orçamento.
É o “senso incomum” em ação, abrindo avenidas de vantagens potenciais.
(Paulo Eduardo Nogueira)