Revista O Empresário / Número 126 · Dezembro de 2008
Nove grandes setores da economia já estão preparados para dizer o adeus definitivo ao uso de papel na emissão de notas fiscais. A partir de 1° de dezembro deste ano será a vez das montadoras de veículos, dos produtores de cimento, medicamentos, bebidas alcoólicas, refrigerantes, produtos de aço e de ferro, dos frigoríficos e dos agentes fornecedores de energia elétrica aderirem à Nota Fiscal Eletrônica, sistema dos fiscos federal e estaduais pelo qual os documentos são enviados virtualmente às receitas antes de as mercadorias deixarem as fábricas. Esse será o segundo grupo de empresas a aderir definitivamente ao sistema.
Hoje, a nota eletrônica é obrigatória para os setores de cigarros e combustíveis líquidos, e outras 60 atividades devem enquadrar-se a ela até o fim de 2009.Com a medida, a Receita Federal do Brasil em conjunto com as Fazendas estaduais pretende implantar um modelo nacional de documento fiscal que permita ao fisco acompanhar em tempo real as operações comerciais efetuadas pelas empresas.
As vantagens da Nota Fiscal Eletrônica não são obtidas apenas pelos fiscos, que garantem uma melhor fiscalização sobre o recolhimento de ICMS e IPI.O principal benefício do sistema está na capacidade de reduzir erros de digitação.O próprio sistema acaba gerando um mecanismo de correção e identificação do problema que só era percebido na fiscalização. Agora, é possível corrigir o erro até mesmo antes da mercadoria sair da fábrica.Outra vantagem da medida está no fim do arquivamento físico de papel e na redução da quantidade de vias das notas fiscais, que caíram de sete para duas.
Com isso, também há redução de custo na digitalização das notas fiscais, sistema hoje utilizado para armazenamento e acesso rápido dos documentos. Mais um benefício trazido pelo sistema, seria a possibilidade de verificar informações cadastrais dos clientes na hora da emissão da nota e não posteriormente, como acontece com as notas de papel.(Vide pág. 2)