Números da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade (Iaso, na sigla em inglês) mostram que 475 milhões de adultos são obesos e 1,5 bilhão estão acima do peso, sendo mais de 200 milhões crianças e adolescentes, uma das maiores preocupações de médicos e autoridades. – Esta geração é a primeira com previsão de viver menos que seus pais. As principais causas da epidemia são o sedentarismo, a disponibilidade cada vez maior de alimentos, o estresse da vida moderna e a privação do sono, que influenciam os hormônios leptina e grelina, ligados à obesidade. Todas as variáveis dessa equação são moduladas pela genética.
– O maior vetor da obesidade é a alimentação, mas pessoas sob o mesmo excesso de calorias engordam de forma diferente e o que determina isso é a genética. – A dieta que dá certo é sempre diferente daquela que levou à obesidade. A seguir algumas dicas, mitos e verdades da nutrição.
Confira:
* Unte o bife: A quantidade de óleo que adere ao bife é muito menor do que a que a maioria das pessoas costuma colocar na frigideira. Experimente o óleo aromatizado, dá mais sabor: passe sobre uma peneira fina o alho ou aipo ou cebola ou manjericão ou hortelã, misture óleo, sal e unte a carne com essa mistura.
* Diet não é light: Alimentos diet não têm açúcar ou gordura. Os light têm menos açúcar ou menos gordura para ter menos calorias. No processo de retirar as calorias, no entanto, a indústria muitas vezes usa estratégias que deixam o alimento menos saudável.
* Laranja sim, suco não: Um copo de 250 ml de suco de laranja tem, em média, quatro laranjas. Cada laranja tem 60 calorias.
* Varie os alimentos: O organismo é estimulado de formas diferentes constantemente, por isso não se deve esgotar a utilização de vários alimentos em uma só preparação. Em vez de uma salada de seis itens, por exemplo, faça saladas diversas com três itens por vez. Esta troca ajuda a acelerar o metabolismo, evita a repetição e consequente enjoo de determinados alimentos.
* Tempere a salada: Um dos ingredientes da salada como a cenoura ou o tomate, pode ser batido com azeite e vinagre para estimular a digestão, por acelerar a chegada combinada ao estômago, melhora a absorção dos nutrientes. A vitamina A presente nas folhas, por exemplo, é lipossolúvel e melhor absorvida dessa forma.
* Altere o cardápio: Evite repetir a composição dos alimentos. Se o almoço for massa, o lanche não deve ter biscoito ou pão para não provocar um estímulo constante das mesmas substâncias digestivas.
* Beber água em jejum: O truque induz à eliminação rápida da água acumulada, mas não ajuda a emagrecer. Em algumas pessoas tem o efeito de saciedade e ajuda a diminuir a ingestão na refeição seguinte.
* Líquidos nas refeições: A quantidade de líquidos às refeições deve ficar em cerca de 300 ml para não gerar diluição indesejável substâncias que atuarão na digestão dos alimentos nem diminuir os estímulos provocados pela mastigação dos alimentos.
* Suco de limão: Qualquer fruta diluída diminui a acidez no corpo, facilitando a eliminação de toxinas e água. Na balança, parece que se perdeu peso, mas isto não equivale à diminuição de gordura.
* Jantar sim: Muitas vezes trocar o jantar pelo lanche favorece o consumo de mais alimentos ricos em carboidratos, como pães, biscoitos e panquecas. O ideal é repetir o almoço em menor quantidade no jantar por causa da proximidade do horário de dormir.
* Café e digestão: Um café depois das refeições tem ação digestiva, mas evite acompanhamentos como licor, chocolate ou petit four, que podem ter tantas calorias quanto parte do prato de refeição.
* Coma a cada 3 horas: Ajuda a não acumular fome e prolongar a saciedade, evitando exageros nas refeições seguintes.
* Mastigue bastante: Cada refeição, quando bem mastigada, estimula centros cerebrais e sítios digestivos envolvidos no processo de aproveitamento adequado dos alimentos, o que também acelera a saciedade.
PARA VENCER AS TENTAÇÕES
* Controle: Restrinja a alimentação a um ou dois cômodos da casa. Os alimentos não devem ser ingeridos no quarto e todas as refeições devem ser feitas à mesa.
* Porções pequenas: Evite comer diretamente de sacos ou potes. Não deixe as travessas na mesa, para diminuir a disponibilidade de comida. Em vez disso, coloque só o que será comido no prato.
* Atenção exclusiva: Não se envolva em outras atividades durante as refeições, para não comer mais que o planejado. Organize seu tempo para saborear a refeição e evitar a compulsão: corte o alimento em pequenos pedaços, mastigue bastante, repouse os talheres entre as garfadas e concentre-se no que está ingerindo.
* Compras: Planeje sua lista e evite passar nos corredores onde os alimentos tentadores estão expostos. Ir ao supermercado depois do almoço, por exemplo, minimiza a probabilidade de levar para casa uma grande quantidade de alimentos desnecessários.
* Em restaurantes: Fuja dos bufês ou rodízios, mas se não for possível examine antes o que vai comer, para não exagerar. Escolha restaurantes com opções mais leves, dispense as entradas e o couvert e pare de comer quando estiver satisfeito.
* Em festas: Evite bebidas alcoólicas que diminuem a capacidade de julgamento e o poder de escolha. Para resistir à pressão dos donos da casa de “comer só mais um pouquinho”, a dica da psicóloga Mônica Duchesne é agradecer com um “já comi o suficiente, estava delicioso”.
* Sobremesa: Se for inevitável, escolha uma fruta. Se a vontade de comer um doce for mais forte, divida-o com outra pessoa.