Revista O Empresário / Número 158 · Setembro de 2011
Evite
Reclamar do trabalho na frente da criança, porque ela crescerá acreditando que trabalho é sinônimo de sofrimento e pode se tornar um adulto desinteressado.
Premiar boas ações e notas com dinheiro ou presente. É um equívoco grave. Em primeiro lugar, porque a criança entenderá que o importante é o resultado e não o caminho para se chegar lá. Em segundo lugar, a criança pode crescer dando importância ao dinheiro ou a bens materiais. O ideal é os pais reconhecerem o esforço do filho com palavras e um simples abraço.
Comprometer-se a dar mesada ou semanada e esquecer-se da promessa ou decidir não dar, porque o filho tirou uma nota ruim ou foi malcriado. A mesada deve ser dada sempre, e no dia combinado, independentemente do que acontecer.
Ser um consumidor compulsivo ou uma pessoa com muitas dívidas. Os filhos tendem a replicar o comportamento dos pais. Logo, o velho ditado popular “faça o que digo, mas não faça o que faço” não funciona.
Dizer “não” de forma agressiva. O melhor é conversar, explicar a situação financeira da família. Por exemplo, se o seu filho pedir um novo videogame, diga que está economizando para mudar de casa ou pagar uma viagem da família no fim de ano (mas lembre-se, mais tarde, de cumprir com sua palavra). O importante é não gritar ou castigar.
“Desistir” de educar o adolescente e deixá-lo fazer o que quer. Os adolescentes tendem a desafiar os pais, em busca de uma reafirmação dos valores da família. Por incrível que pareça, é isso que eles procuram. O processo é desgastante, mas passa. Não se preocupe com os equívocos. As tentativas por erros e acertos fazem parte do exercício de educar os filhos. Lembre-se de que a educação financeira é um processo demorado, que perdura por 20 anos.