A Prefeitura de Cuiabá recebeu R$ 2,8 milhões de herança de um morador. As economias do auditor fiscal Paulo Murtinho, que morreu aos 95 anos em 2002, serão usadas na reforma da ala pediátrica do pronto-socorro municipal – que receberá o nome de seu benfeitor. Como Murtinho não tinha herdeiros nem testamento, o Ministério Público Estadual pôde requerer a herança em benefício da prefeitura, diz Nelson Sussumu, da OAB-SP.
A sentença da Justiça é definitiva – não cabe recurso.
Segundo a promotora Rosana Marra, o processo começou logo após a morte de Murtinho, quando pessoas que se declaravam parentes entraram com pedido de herança. Após investigação, o parentesco foi descartado. Uma mulher também requereu a herança, declarando ter vivido uma união estável com o servidor. No processo, foi comprovado que ela havia trabalhado apenas como doméstica na casa dele. Murtinho deixou R$ 2,3 milhões em espécie e dois imóveis no centro da cidade, avaliados em 500 mil.