Robert Sutton
Quem é: professor de administração na Universidade Stanford e autor de oito livros, entre eles o best-seller “Bom Chefe, Mau Chefe” .
O que faz: especialista em liderança, também é consultor de empresas como General Motors, IBM, Pepsi e Xerox.
Seu trabalho mais recente trata de chefes bons e ruins. O que torna um chefe bom?
São várias coisas. Em geral, os bons chefes têm sensibilidade em relação às pessoas que lideram e sabem como são percebidos. Uma das características que gosto de enfatizar é que eles estão cientes de suas fragilidades e trabalham para corrigi-las, cercando-se de pessoas que possam compensar suas falhas. Na minha idade, não acredito mais em entes com superpoderes. Ninguém tem a capacidade de ser bom em tudo. Lembro-me de um livro sobre o governo Clinton que mostrava porque ele foi tão bem-sucedido: ele tinha uma equipe excelente ao seu redor. Mesmo nas empresas menores, é possível perceber que os melhores chefes são aqueles que se cercam de pessoas de diferentes capacidades.
Em seu livro, o sr. diz que os bons gestores têm a capacidade de ouvir.
Uma das características mais notáveis de um bom líder é estar afinado emocionalmente com as pessoas que trabalham com ele.
Ele realmente ouve o que os funcionários têm a dizer. Outro aspecto positivo é o equilíbrio entre a coragem de agir com base no que sabe e a humildade para mudar de rumo, caso perceba que está errado. Apoiar os empregados é outro quesito importante: conseguir os recursos necessários, brigar pela carreira deles, tudo isso é importante. Bons líderes também estão dispostos a realizar tarefas desagradáveis, como fazer avaliações negativas ou dispensar funcionários. Em muitas das empresas com as quais trabalho, as pessoas falam, mas nem sempre conseguem realizar a tarefa, não têm coragem. Nesse caso, é preciso arranjar alguém que faça isso por elas.