Entre as mais de 7.500 peças, documentos e obras do acervo do museu da Santa Casa de Misericórdia de SP, a coordenadora Maria Nazarete de Barros Andrade tem especial carinho pela Roda dos Expostos. “Ela comove a gente pela história das crianças abandonadas.” A roda é um cilindro giratório de madeira com uma pequena porta. Ali, pais e mães sem condição de criar filhos deixavam os bebês. Ao girarem a roda, os bebês passavam para o interior do prédio e, o soar de um sino, avisava as irmãs, encarregadas de cuidar das crianças rejeitadas. O objeto ficava instalado no muro da Santa Casa, na Rua Dona Veridiana. O museu completou dez anos no mês passado, com Maria Nazarete à frente. “Faço tudo com muito carinho”, conta ela, há 20 anos na Santa Casa.