Revista O Empresário / Número 149 · Dezembro de 2010
Duas distintas senhoras encontram-se após um bom tempo sem se verem. Uma pergunta à outra:
- Como vão seus dois filhos, a Rosa e o Francisco?
- A Rosa casou-se muito bem. Tem um marido maravilhoso. É ele quem se levanta de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, faz o café da manhã, arruma a casa, lava as louças, recolhe o lixo e ajuda na faxina. Só depois é que sai para trabalhar,
em silêncio, para não acordar a minha filha. Um amor de genro! Benza-o, ó Deus!
-Que bom, heim amiga! E seu filho, o Francisco? Casou-se também?
-Casou-se, tadinho,deu azar demais.
Casou-se muito mal. Imagine que ele tem que levantar de madrugada para trocar as fraldas do meu netinho, fazer o café da manhã, arrumar a casa, lavar a louça, recolher o lixo e ainda tem que ajudar na faxina e, depois de tudo isso, ainda sai para trabalhar, em silêncio, para sustentar a preguiçosa da minha nora. Aquela desclassificada, mal agradecida.