Revista O Empresário / Número 149 · Dezembro de 2010
Empresas brasileiras familiares ocupam o 13º lugar em produtividade em amplo estudo feito com 17 países por dois economistas britânicos. O Brasil só fica a frente de economias ainda pouco organizadas, como a grega, a indiana e a chinesa. A conclusão é óbvia: o Brasil só vai conquistar posições melhores quando as empresas familiares adotarem boas práticas de gerenciamento, uma delas é permitir que seus melhores quadros ocupem as posições de comando, geralmente destinadas ao filho mais velho.
Por conta dessas práticas, muitas companhias sobrevivem no limiar do prejuízo, mantendo-se no mercado por teimosia. Como são familiares, se dão ao luxo de até perderem dinheiro. Geralmente não têm acionistas, logo não prestam contas a ninguém.
Nos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, as empresas familiares americanas, que representam 96%, aparecem em primeiro lugar em qualidade de gestão. Em seguida, segundo a pesquisa, vem as alemãs, japonesas, suecas e canadenses.
O levantamento mostra que quanto mais qualificado é o diretor, melhor é a prática gerencial. Eliasmar Álvares da Silva Campos, professora, pesquisadora e coordenadora do Núcleo de Governança Corporativa da Fundação Dom Cabral, acredita que um dos principais problemas enfrentados é a falta de disciplina na gestão. “São empresários visionários, trabalhadores e inteligentes, mas sem uma formação executiva com a disciplina que os executivos costumam ter. Tomam decisões sem avaliar os riscos e a nova direção, ao assumirem o comando, seguem na mesma direção.