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Revista O Empresário / Número 143 · Maio de 2010



Luiz Fernando Savian- Presidente da Associação Brasileira de Administradora de Consórcios (Abac).

Por que fazer um consórcio e não um financiamento?

O consórcio é um autofinanciamento e não há juros. Esses já são grandes motivos que justificam a escolha. No consórcio é cobrada apenas a taxa de administração, que é bem baixa. Em alguns casos, há também um fundo de reserva, mas não são todos os consórcios que cobram isso, basta procurar. Existem vários outros pontos positivos. Por exemplo, como a prestação é mais baixa, a comprovação de renda consequentemente, é menor por isso é mais fácil adquirir o consórcio.

Hoje estão disponíveis quais tipos de consórcio?

Há muitos tipos. Os de motos, automóveis e imóveis são os líderes do mercado, nessa ordem. Mas há consórcio de eletrodomésticos e serviços.

Qual o perfil do contratante do consórcio?

Para começar, é preciso que não haja a necessidade do bem de imediato, já que o contratante terá de esperar o sorteio ou dar um lance, não pode ter pressa. Além disso, o perfil da pessoa que faz consórcio é de alguém racional e que quer tempo para se planejar. Quem faz financiamento não se planejou. Por essa razão, precisa do bem de imediato e, para isso, pagará muito juro.

Mas, se o perfil da pessoa que contrata o consórcio inclui a característica do planejamento, não seria melhor fazer uma poupança e comprar o bem à vista?

Essa é sempre uma ótima opção. Porém, resta saber quem tem essa disciplina. A dificuldade de poupar com rigor é mundial. Apenas os japoneses têm essa disciplina. Isso é cultural. Por esses motivos, pode ser que, se houver essa disciplina rígida, a poupança valha mais a pena do que o consórcio.
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