A Campanha da Fraternidade de 2010 levará para cerca de 50 mil comunidades cristãs discussões sobre economia. O texto-base do evento,critica a crescente dívida interna do país, as altas taxas de juros, a elevada carga tributária, o sistema financeiro internacional e até mesmo o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), vitrine de Lula.
Realizada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) desde 1964, a campanha deste ano reunirá, além da Igreja Católica, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia. Elas integram o Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), a organizadora do evento em 2010.
Será a terceira vez que a campanha terá caráter ecumênico, repetindo 2000 e 2005.
Com textos e gráficos, o material do evento propõe a conscientização sobre alguns temas econômicos que são pouco conhecidos por grande parte a população. Em relação à dívida interna, por exemplo, o manual da campanha diz: “Apesar de os gastos com juros e amortizações da dívida pública consumirem mais de 30% dos recursos orçamentários do país, essas dívidas não param de crescer. A dívida interna alcançou a gigantesca cifra de R$ 1,6 trilhão em dezembro de 2008, tendo apresentado crescimento acelerado nos últimos anos”.
Segundo o texto, a dívida inviabiliza a aplicação de recursos na área social.