De acordo com a pesquisa do microbiologista Charles Gerba, o aparelho de telefone é o foco principal, onde chega a ter mais de 25 mil bactérias e outros germes por uma polegada quadrada, enquanto um assento sanitário reúne em torno de 50 germes por polegada quadrada.
De acordo com Gerba, a segunda peça mais contaminada em um escritório é a própria mesa de trabalho (mais de 20 mil germes por polegada quadrada), seguida pelo teclado do computador (pouco mais de três mil germes por polegada quadrada).
Segundo a médica infectologista Luzilma Martins, chefe do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do VITA Curitiba, as mesas e os computadores ficam mais contaminados porque não são limpos com tanta freqüência como os banheiros.
“Outro fator que agrava a situação é o hábito que algumas pessoas têm de comer próximo aos equipamentos”, complementa.
Os pontos de trabalho oferecem um verdadeiro banquete para os microorganismos, que sobrevivem de umidade e restos orgânicos.
Além de poeira, farelos de bolacha e respingos de café, todos os tipos de substâncias, como bactérias e células mortas, caem do rosto, dedos, pratos e copos, enquanto se está na frente de um computador.
Uma pesquisa feita pela AOL britânica e a rede de pizzarias Domino´s, revela que entre as substâncias encontradas num teclado de computador estão unhas, grampos, lápis apontados, fios de cabelo e papel laminado, mas a maior parte de material encontrado é constituído de farelos de bolacha, pão e chocolate, representando mais de 50% do total.
O problema não está no computador ou no telefone do escritório, mas sim na maneira como eles são conservados. Manter uma rotina de limpeza, passando um pano com água e sabão diariamente nos objetos e não comer na mesa de trabalho já é suficiente.