A mulher da classe C está frustrada. As que não trabalham fora acham que ser dona-de-casa hoje em dia é bem mais complicado do que foi tempos atrás. Educar filhos, principalmente quando estão na adolescência, tornou-se um desafio para elas que consideram que, pela quantidade de informação que esses jovens têm atualmente, ficou mais difícil controlá-los. Essas donas-decasa não se sentem tão bem informadas quanto os filhos.
As mulheres que estão no mercado de trabalho, quase sempre sentem que têm emprego, não uma carreira. Elas notam que o mercado de trabalho está mais competitivo e não se sentem suficientemente preparadas para enfrentar a concorrência.
A mídia e a publicidade, têm duplo papel para as mulheres da classe C. Por um lado, cresceu muito o número de programas na televisão e de revistas dirigidas ao público feminino, o que é bastante positivo.
A contrapartida é que a mídia e a publicidade despertam desejos que a mulher de menor poder aquisitivo não pode satisfazer. Ela tem acesso à informação, vê outras mulheres melhor sucedidas que ela, que estão mais bonitas. Ela quer se manter atraente mas não tem renda para isso e aí vem a frustração. Afinal, ela sabe o que está perdendo.