A queda brusca na taxa básica de juros, prevista para o primeiro semestre deste ano, provocará um aumento rápido e expressivo na captação da caderneta de poupança.
A redução da Selic resultará em mudanças no ranking de rentabilidade das aplicações financeiras que favorecerá a poupança em relação a outras opções de investimento, como alguns fundos de renda fixa conservadores.
Tome o exemplo de um fundo com rentabilidade bruta equivalente a 100% do CDI e taxa de administração de 2%. No começo do ano, com o juro básico a 13,75%, a aplicação rendia 9,2% ao ano- descontadas as taxas. Se a Selic chegar a 10,75% até julho- conforme a expectativa do mercado no boletim Focus-, dará retorno de 6,8% ao investidor. Isso significa rentabilidade menor que a da poupança, que hoje está na faixa de 8%.
A maior captação da poupança terá consequências no aumento da oferta de crédito imobiliário. Por lei, os bancos destinam 65% desses recursos à habitação.