Revoltado com o sistema eleitoral brasileiro, o juiz eleitoral Mateus Milhomem de Sousa, 37, da cidade de Aurilândia (156 km de Goiânia), deu sugestões para melhorias no modelo político do país em plena sentença sobre a cassação de um prefeito.
Sua proposta inclui uma fórmula para diminuir o peso político de eleitores com baixa escolaridade nas eleições. Também defendeu a proibição de políticos sem estudo de se candidatar a cargos públicos.
“Os candidatos a serem escolhidos não mais seriam aqueles com mais votos, mas sim os com mais pontos”, sugeriu. O processo se referia ao pedido de cassação do prefeito de Palminópolis, João Adélcio Alves (PSDB), acusado de compra de votos. Ele foi absolvido.
Os pontos seguiriam uma escala entre o eleitor analfabeto (um ponto) até o com doutorado (sete pontos). Para Sousa, a pontuação seria benéfica porque estimularia o eleitor a estudar e a exigir mais do governo.
Ele preferiu não opinar sobre a falta de curso superior do presidente Lula.