Revista O Empresário / Número 120 - 10 anos · Junho de 2008
Se o governo começar a guardar dinheiro no mesmo ritmo em que o brasileiro costuma juntar moedas no cofrinho, o Fundo Soberano do Brasil (FSB) pode demorar um pouco a sair. Pesquisa feita no ano passado mostra que apenas 25% das pessoas têm o costume de guardar moeda. E entre os que reservam o dinheiro, mais da metade não agüenta esperar, abrindo o cofre e usando o dinheiro em uma semana. A pesquisa, feita pelo Instituto Data Folha a pedido do Banco Central, no ano passado, mostra que 75% das pessoas que recebem moedas não conseguem economizar o dinheiro. Para esses brasileiros, o valor fica no porta-níquel ou na carteira até a próxima compra.
Os prevenidos que guardam moedas, no entanto, não têm muita disciplina. O levantamento mostrou que 54% dessas pessoas não agüentam esperar e acabam gastando o dinheiro em uma semana. Há os que são mais ansiosos ainda: 2% usam as moedinhas em menos de uma semana. Conforme o tempo passa, diminui o número de pessoas que conseguem manter o dinheiro no cofrinho: 14% mantêm por um mês, 8% por seis meses, 4% por um ano e apenas 3% por mais de um ano.
Entre os que não guardam o dinheiro, a maioria usa as moedas para gastar no comércio, mas há usos diferentes: 27% das pessoas- porcentual maior que o de pessoas que juntam o dinheiro - preferem dar as moedas aos filhos ou outras crianças. Há até uma parcela de 8% que leva as moedas no carro pensando nos pedintes dos sinais de trânsito.