Pai, toma minhas mãos, que são parte da obra que assinaste: eu mesmo. Olha a linha que são os traços do meu destino e reforma-as na medida do meu merecimento.
Olha as minhas digitais que indicam não haver ninguém igual a mim, o que prova a
Tua originalidade; encaminha-as e julga os crimes que porventura eu tenha cometido.
Pai, vê nas minhas mãos o histórico das minhas doações e até que ponto elas foram válidas. Vê também o histórico de tudo o que recebi e julga se sou suficientemente grato.
Pai, nas minhas mãos estão as marcas dos serviços prestados; vê se trabalhei e tenho trabalhado da forma que Tu aprovas. Vê quantos foram os os toques de afeto e de agressão. Julga as palavras escritas em meu diário de alegrias e de aflições.
Pai, vê os apertos de mão que já dei, os acenos de adeus e os sinais de sim e de não. Estão sob Teu juízo minha honestidade e minhas dores.
Pai, toma minhas mãos, sente como se por meio delas o meu coração falasse. Diz se posso olhar-Te nos olhos ou com elas esconder a minha face. Amém!