Os cartões de loja, que já somam 142 milhões e movimentaram R$ 40 bilhões em 2007, segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), ganharam uma nova modalidade. A aposta do mercado para atrair os consumidores de renda mais baixa ao mundo do dinheiro de plástico com o uso de um cartão compartilhado.
A proposta, chamada de “open private”, permite que o consumidor use o cartão de uma loja em outro comércio, com o mesmo crédito aprovado e possibilidades de parcelamento. O uso, normalmente, é regional.
O processo tem como princípio fidelizar o cliente. Com o tempo, as financeiras passam a se interessar pelas carteiras.
O chamado “open private” foi a alternativa encontrada pelo comércio de pequeno e médio porte, que não têm os requisitos para uma bandeira internacional (como Visa e Mastercard), para ampliar o uso de seus cartões.
A flexibilização atinge principalmente quem tem vários cartões de lojas, mas prefere não usar um cartão de crédito, normalmente porque teme perder o controle dos gastos.
Baixa renda
Os cartões de lojas são a porta de entrada dos usuários de renda mais baixa ao mundo dos cartões de crédito. Entre os apelos, está a ausência da anuidade e o controle dos gastos, já que o crédito aprovado, em geral, é menor que o de um cartão de crédito.
A baixa renda (abaixo de R$ 1.499 por mês) detém 61% dos cartões em circulação, mas o gasto anual é quase 70% menor que os daqueles com renda maior, diz pesquisa do Itaú.
A Associação Empresarial de Cambuí em breve oferecerá esta opção aos seus associados para que possam incrementar seu faturamento.