Revista O Empresário / Número 115 · Dezembro de 2007
No ano passado, a apreensão de notas cresceu 30%, atingindo o volume recorde de 606 mil notas. Neste ano, até novembro, já são 458 mil. O maior alvo são as notas de R$ 50, que respondem por 70% das falsificações. Depois vêm as notas de R$ 10 (15%).
A falsificação não é um problema novo no país, mas vem chamando mais atenção das autoridades e provocando uma queda-de-braço entre governo, bancos, transportadoras de valores e empresas que fabricam equipamentos e prestam serviços nessa área, como a inglesa De La Rue.
Para o departamento do Meio Circulante (Mecir) do Banco Central, embora o volume de apreensões tenha aumentado nos últimos anos, é preciso considerar que o volume de dinheiro em circulação no país vem crescendo em um ritmo ainda maior. No início do Plano Real, o total de notas em poder do público correspondia a apenas 0,8% do PIB. Hoje, chega a 3,7% do PIB. Entre os fatores que explicam esse fenômeno estão a CPMF, a estabilidade da moeda e a ainda baixa bancarização da população de menor poder aquisitivo. “ É um fenômeno natural em países de moeda estável. A população precisa se acostumar a conferir com mais atenção as notas”, diz fonte do BC.