Enquanto o crédito para pessoas jurídicas cresceu mais de 20% nos últimos doze meses, a modalidade de antecipação de vendas, conhecida como “vendor”, ficou praticamente estagnada devido à dupla cobrança da CPMF para as empresas.
Este tipo de empréstimo, que fornece recursos para que as companhias possam fazer suas vendas a prazo e receber à vista o valor pago pelos seus cliente cresceu apenas 3,9%.
A modalidade apresenta as menores taxas de juros, 16,6% ao ano (contra 30,8% ao ano do capital de giro, por exemplo) e inadimplência praticamente nula (0,2%), mas não decola. A explicação é que a CPMF incide duas vezes sobre o total do empréstimo (na hora do saque do valor financiado e quando ocorre o pagamento da venda).
Desta forma, a antecipação de recebíveis, mesmo com taxas maiores, se torna mais interessante, já que o crédito é cedido ao banco e o pagamento é feito diretamente.
O faturamento da venda é pelo preço à vista, mas ela é feita de forma financiada.