Revista O Empresário / Número 104 · Dezembro de 2006
Em Michigan, quem trai pode pegar prisão perpétua
Uma decisão da Justiça de Michigan promete transformar o estado americano no inferno para adúlteros. Um tribunal estadual definiu o adultério como um crime sexual, o que, de acordo com a legislação, pode acarretar em prisão perpétua.
"Tecnicamente, quando uma pessoa mantém uma relação adúltera que inclui a penetração, é culpada de conduta sexual criminosa em primeiro grau, a forma de assédio sexual mais grave no código penal de Michigan", diz o texto da decisão judicial citado pelo jornal Detroit Free Press.
Ou seja, a única saída para quem não se controla é trair sem penetrar. Os danos, certamente, serão minimizados.
O estopim da apreciação da matéria pela Justiça foi um rumoroso caso em que um homem casado forneceu drogas a uma garçonete em troca de favores sexuais. Os juízes recuperaram uma antiga disposição legal estadual pela qual uma pessoa é culpada de conduta sexual criminosa quando a penetração sexual ocorre sob circunstâncias associadas a outro crime grave, como foi o caso: substância proibida por prazeres carnais.
O tema da infidelidade é quase que uma obsessão para os moradores de Michigan. Agências de investigadores especializados se multiplicam pelo estado, bem como grupos de ajuda para infiéis e corneados, até em sites de relacionamento na internet. Em Detroit, principal cidade de Michigan, chegam a dizer que a situação é "epidêmica". O próprio procurador-geral do estado, Mike Cox, admitiu relação extraconjugal em 2005, incendiando o debate. Uau!
O site Divorce Peers, de Michigan, realizou recentemente uma pesquisa sobre infidelidade conjugal. De acordo com os resultados, 68% das pessoas disseram já ter sido traídas. Mais de 30% dos entrevistados disseram que tiram a aliança do dedo quando saem sem a esposa. Homens que já foram flagrados traindo: 80%. Entretanto 64% dos casais que passaram por crise de infidelidade conseguiram manter o casamento. Mas 78% deles se dizem infelizes e vazios.