Revista O Empresário / Número 104 · Dezembro de 2006
De janeiro a agosto deste ano, houve um aumento de 6,5% no número de empresas golpistas atuando no mercado brasileiro: foram 792 empresas, 48 a mais do que no mesmo período do ano passado.
Como esses criminosos atacam várias empresas ao mesmo tempo, as pequenas empresas (a maioria entre o total de negócios brasileiros) são alvos muito visados. Existem golpistas especializados em pequenas empresas, outros, em grandes.
É considerada golpista a empresa que já entra no mercado com a intenção de não pagar pelo que compra.
Recentemente uma empresa teve documentos roubados. Alguém foi à Junta Comercial, falsificou e copiou a assinatura dos donos do documento roubado. O negócio foi tranferido para outra pessoa e outro endereço. Em poucos dias, o novo dono já comprava de outras empresas para dar calote. Ele foi pego porque a mudança e as compras foram descaradas.
PERFIL
Normalmente, os golpistas buscam produtores que tenham giro rápido, como alimentos, vestuário, artigos de informática e bebidas. A maneira de agir da maioria é semelhante. Primeiro, os golpistas fazem algumas compras com a empresa e, quando ganham sua confiança, dão calote na terceira ou quarta negociação. Normalmente não pedem desconto no local, para ser mais fácil sumir com a mercadoria.
Características comuns no perfil dos golpistas: usam prédios ou salas alugadas, estão há pouco tempo no endereço e passaram por alteração de contrato recente para aumentar sua área de atuação (por exemplo, passar de bar para atacado de bebidas). O pequeno empresário deve buscar o máximo de informações antes de fechar qualquer compra, especialmente se ela tiver valor acima do que ele está acostumado a vender.(consulte o SPC- Cambuí)