Revista O Empresário / Número 100 · Setembro de 2006
Dois anjos viajantes pararam para passar a noite na casa de uma família muito rica, porém rude. Em vez de os acomodarem no quarto de hóspedes, deram-lhes um espaço pequeno no frio sótão da casa.
À medida que eles faziam a cama no duro piso, o anjo mais velho viu um buraco na parede e o tapou. Quando o anjo mais jovem quis saber por que, o mais velho respondeu: “As coisas nem sempre são o que parecem”.
Na noite seguinte, os dois anjos foram descansar na casa de um casal muito pobre, mas hospitaleiro. Depois de compartilhar a pouca comida que havia na mesa, o casal permitiu que os anjos dormissem na sua cama, onde descansariam melhor.
Quando amanheceu, os anjos encontraram o casal chorando. A única vaca que tinha e que cujo leite havia sido a única entrada de dinheiro, jazia morta no campo. O Anjo mais jovem ficou furioso e perguntou ao mais velho: “como você permitiu que isto acontecesse? O primeiro homem tinha de tudo e, no entanto, você o ajudou; a segunda família tinha pouco, mas estava disposta a compartilhar tudo, e você permitiu que a vaca morresse”.
“As coisas nem sempre são o que parecem,” respondeu o anjo mais velho. “Quando estávamos no sótão daquela imensa mansão, notei que havia ouro naquele buraco da parede. Como o proprietário estava obcecado com a avareza e não estava disposto a compartilhar sua boa sorte, fechei o buraco de maneira que ele nunca mais o encontrasse. Ontem à noite, quando dormíamos na casa da família pobre, o anjo da morte veio em busca da mulher do agricultor e eu lhe dei a vaca em seu lugar. As coisas nem sempre são como parecem.”
Algumas vezes, isso é exatamente o que acontece quando as coisas não saem da maneira como esperamos. Se você tiver fé, somente necessita confiar que sejam quais forem as coisas que aconteçam, sempre serão uma vantagem para você e talvez você venha a compreender isto só um pouco mais tarde…