Revista O Empresário / Número 100 · Setembro de 2006
Na hora de escolher o produto que será adquirido, o consumidor ainda leva mais em consideração a qualidade.
Daqui a um ano, entretanto, esta situação deve mudar, pois o ponto mais importante a ser considerado será a qualidade de atendimento do pós-venda das empresas. Esta é uma das principais conclusões de uma pesquisa feita em abril e maio deste ano pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) para aferir como o consumidor avalia as estratégias de marketing.
Foram realizados 337 questionários e a amostra foi composta por 49,6% de homens e 50,4% de mulheres, com média etária de 31,2 anos. O questionário foi elaborado com base em um clássico estudo de percepção do marketing pela sociedade, conduzido pelos especialistas da área Gaski e Etzel.
Os entrevistados demonstraram estar satisfeitos com a qualidade dos produtos que adquirem (56%). Já com relação aos vendedores, a percepção dos consumidores não é nada boa: 64,7% dos consumidores não confiam nos vendedores, apesar de eles tentarem ser agradáveis
Simpatia não quer dizer capacitação técnica. A indústria coloca no mercado produtos cada vez mais sofisticados e o vendedor não sabe explicar qual a diferença técnica entre os produtos ou porque um é mais caro do que o outro. O que o marketing propaga não é confirmado no ponto de venda.
O consumidor hoje quer conveniência. Quer que seja fácil comprar um produto, que ele seja entregue no dia combinado e que funcione perfeitamente. Se der um defeito, o consumidor vai ficar chateado, mas entenderá. Porém,se ele não for bem atendido, quando já estiver com um prejuízo, pensará várias vezes antes de comprar novamente a marca, ou voltar a loja.