Revista O Empresário / Número 112 · Setembro de 2007
Muito se falou de mudanças nos últimos anos, mas pouco se fez pra acompanhar a nova demanda da globalização. O mercado, nos próximos cinco anos, vai mudar mais do que nos últimos 20. De acordo com estudos da Universidade de Harvad, apontam que 60% das empresas são consideradas enfermas. Têm dificuldades de se adaptar às mudanças do mercado ou estão desconectadas com a realidade atual. Apenas 27% são consideradas saudáveis, sendo que dessas, 17% são resilientes, ou, seja, mantêm um ambiente competente, inteligente e saudável diante das novidades. Nos últimos 10 anos, muito se falou em mudança sem que as pessoas realmente fizessem algo para lidar efetivamente com elas.
Para acompanhar as renovações constantes de mercado, os profissionais precisam, principalmente, de cinco capacidades. A primeira é a alta sensibilidade para enxergar as mudanças que estão acontecendo no mundo e traze-las para o seu dia-a-dia. Ela tem que gerar valor. Há 10 anos, saber das novidades era um diferencial. Hoje é pré-requisito.
O profissional precisa saber colocar em prática o conhecimento, que chamamos de entregar a competência. A segunda seria saber modificar rapidamente suas competências para atender o mercado. Analisar se o que faz gera valor. Quais competências que você tem que estão ligadas, por exemplo, à criatividade e à inovação. Trabalhar com flexibilidade é o terceiro ponto. Uma capacidade de mudar objetivos e até valores. É um contexto maior. O quarto ponto seria saber trabalhar a coletividade. Não existe mais uma competência individual. É necessário um espírito de equipe. Trabalhamos um dependendo diretamente do outro.O último é o investimento na tão falada inteligência emocional.
Esse item, pode ser subdividido em outros cinco pontos: compreensão das suas emoções, saber administrar essa emoções, capacidade de se motivar, reconhecer emoções nos outros e saber manejar relacionamentos. São pontos fundamentais. O profissional precisa saber definir o que está sentindo em relação às mudanças e administrar o sentimento. Além disso, tem que se motivar, buscar desafios e não mais esperar por mais motivação externa, baseada na recompensa. Não pode mais se colocar como vítima, ele é o protagonista. 80% das pessoas não sabem gerenciar suas carreiras. Muitas estão insatisfeitas com o trabalho, mas ao mesmo tempo não conseguem exagerar o mercado e têm medo de sair do emprego.
A conclusão é simples: as pessoas estão insatisfeitas com o que fazem. Não planejaram sua carreira e acabam trabalhando com algo que não lhes interessa. Poucas pessoas têm um plano estratégicos e um número menor ainda coloca isso no papel.