MARK BAKER- Porque ele foi um homem brilhante. Compreendia a forma de pensar das pessoas e falava com o coração, e não com a mente, razão que o fazia ser entendido. Era líder nato, terapeuta, com discurso bastante convincente.
O senhor acredita que as parábolas de Jesus realmente podem ser aplicadas no dia-a-dia do mundo corporativo?
MARK BAKER - Sim, podemos utilizar os ensinamentos de Jesus para melhorar, por exemplo, a qualidade de vida e o clima organizacional dentro das empresas. Algumas empresas já demonstram ter essa preocupação, outras começam agora. O ideal seria que todas as companhias agissem assim. O importante não é enxergar Jesus como líder religioso, mas saber olhar para seus ensinamentos e reconhecer nele um líder.
Em seu livro, o senhor ressalta o sentimento de compaixão que devemos ter uns pelos outros, ensinado por Jesus. Não acha que num mundo tão competitivo essa palavra tenha se tornado fora de moda e inadequada?
MARK BAKER- Não. Quando usamos a palavra compaixão para o mundo corporativo, acredito que ela deva ser empregada na forma como as pessoas são tratadas dentro de uma corporação e de como tratam umas às outras.
Em um dos capítulos, é lembrado o ensinamento de Jesus “amai-vos uns aos outros”.
Mas como acreditar tanto no amor quando, numa sociedade capitalista, a concorrência é constante e as empresas pensam mais em nocautear seus competidores do que em amá-los?
MARK BAKER- Você não precisa nocautear seu concorrente para ter sucesso nas vendas. Se ele lhe“bate”, você pode revidar investindo mais no seu produto, no seu marketing e acreditar que alcançará seu próprio sucesso sem revidar.