Revista O Empresário / Número 174 · Janeiro de 2013
Lembre-se: “Na alegria e na tristeza” também se aplica às tarefas domésticas.
Os fabricantes de produtos de limpeza doméstica estão observando com atenção uma importante mudança comportamental nos lares americanos – uma nova divisão, lenta, mas constante, das tarefas domésticas, com mais homens lavando pratos, esfregando o chão e lavando roupa.
As esposas, em tese, deveriam se alegrar. Mas após várias gerações reclamando de ter de fazer a maior parte do trabalho de casa, muitas acham difícil parar de administrar tudo nos mínimos detalhes. Este ano, a Procter & Gamble (P&G) lançou o sabão de lavar roupa Tide Pods, em parte para atender às mulheres que dizem sentir muito estresse ao delegar a responsabilidade de lavar roupa ao marido e outros familiares.
Os sachês Tide Pods, de dose única, eliminam a necessidade de medir o produto – reduzindo a preocupação de algumas mulheres de que a outra pessoa use o produto em excesso ou muito pouco. A empresa também produz a barra Bounce, um amaciante que se instala na secadora de roupas e dura meses. “A mulher fica muito nervosa pensando que outra pessoa vai lavar a sua roupa, pois ela tem a sua receita especial para fazer isso”, diz Shellie Porter, chefe de pesquisa e desenvolvimento para a marca Tide na América do Norte.
“O estado da casa ainda pode ser algo muito ativo na identidade de uma mulher, e isso é verdade nas mais diversas classes sociais e níveis educacionais”, diz. É mais provável que uma casa desarrumada faça a mulher sentir mais constrangimento ou vergonha do que o marido, mesmo que ele seja o principal culpado, diz Coleman. Negociar a divisão de tarefas requer sutileza e diplomacia por parte da mulher. “Quanto mais exigente for a mulher sobre como a casa deve ficar e a maneira certa ou errada de limpá-la, mais provável é que o homem se afaste da mesa de negociações”, diz ele.
A Kimberly - Clark, fabricante das fraldas Huggies, informa que, segundo suas pesquisas, cerca de um terço dos pais participa de maneira significativa ou igual, na criação dos filhos. “Vimos a conexão emocional que podemos obter com as mães quando transmitimos esses momentos de ternura que o pai pode ter com o bebê”, diz Aric Melzl diretor da marca Huggies.
Um anúncio mostrando pais de verdade ninando seus bebês agradou também às mães.