Revista O Empresário / Número 174 · Janeiro de 2013
O jeito que você administra a sua vida financeira revela muito do seu inconsciente.
ESCRAVO
Ele vive para pagar contas e se sente obrigado a fazer o que não quer por causa disso. Coloca-se no papel de vítima (do ‘sistema’, dos patrões, da família, dos credores) e o dinheiro para ele se torna um mal do qual não quer escapar. É movido por raiva e medo – a primeira por ter de se submeter à ‘escravidão’ e o segundo por não saber como sobreviver fora dela.
DESLIGADO
Não ligar para o dinheiro pode até parecer uma vantagem, mas essa característica costuma estar relacionada à imaturidade. O desligado não honra compromissos e se inseguro e se acomoda no papel de dependente (econômica e emocionalmente). Pode ser alguém realmente desapegado, mas também pode ser um egoísta que não quer se comprometer com as necessidades dos outros e nem sofrer com as suas.
AVARENTO
É a pessoa que nega, retém, não troca. Guarda para uma ocasião futura que não chega, adiando um prazer imaginado, mas nunca usufruído. O medo de perder e de sofrer é maior do que um incerto prazer obtido. Para afastar esses medos, quer controlar tudo: ganhos e gastos. Costuma ser inseguro e carregar sentimentos culpa, porque, na cultura ocidental, a avareza é moralmente condenada.
REVOLTADO
Tem raiva do dinheiro (e da falta dele) e não gosta de falar no assunto. Pode expressar imaturidade e dificuldade em lidar com limitações. Em alguns casos, a revolta representa um desejo de autoafirmação; em outros, reflete um ambiente cultural em que o dinheiro é considerado algo ‘sujo e perverso’.
ESBANJADOR
Compra o que quer e o que não quer, tendo como bancar o gasto ou não. Se está alegre e quer se divertir, gasta. Se está triste ou frustrado, gasta mais ainda. É impulsivo e imediatista. É comum ser uma pessoa extrovertida e se socializar facilmente, mas esse tipo de personalidade financeira também pode ser um comportamento de pessoas depressivas.