Revista O Empresário / Número 174 · Janeiro de 2013
Nem sempre é culpa do candidato quando uma entrevista de emprego não dá certo. Um recrutador pode cometer uma séria de pecados, como interromper a entrevista para atender ao telefone, não tomar nota, parecer entediado ou distraído, falar mal da própria empresa, intimidar candidatos ou fazer perguntas capciosas sem necessidade, dizem consultores de recursos humanos.
Entrevistas malfeitas podem causar contratações erradas e afastar bons candidatos. Na pior das hipóteses, um gerente de contratações não treinado pode sujeitar a empresa a uma ação judicial ao fazer perguntas consideradas ilegais por leis contra discriminação. A maioria dos gerentes improvisa, na suposição incorreta de que podem simplesmente seguir os seus instintos para fazer uma boa contratação.
Isso significa que um candidato pode passar por uma entrevista rigorosa, enquanto outro terá só uma conversa rápida se o chefe estiver de mau humor ou ocupado. Essa inconsistência pode levar involuntariamente a decisões de contratação tendenciosas, uma vez que os entrevistadores são atraídos por pessoas como eles próprios, com formação e interesses semelhantes aos deles. É uma coisa natural do ser humano, mas as empresas precisam contrabalançar isso, exigindo que haja um conjunto de perguntas padronizadas e uma maneira consistente de avaliar e dar notas a cada candidato.