Quem viaja de avião pega doenças infecciosas com mais freqüência, mostra uma pesquisa. Um estudo colocou o aumento associado do risco de pegar uma gripe em 20%. E as férias são um período particularmente infeccioso, com os aviões lotados de famílias - e todos aqueles germes. O ar que circula na cabine costuma ser o fator mais apontado como culpado. Mas estudos já mostram que os filtros de ar usados na maioria dos aviões podem capturar 99,97% das partículas que carregam vírus a bactérias. Dito isto, quando a circulação do ar é fechada, o que às vezes acontece durante longos períodos de espera em solo ou por curtos períodos, quando os passageiros estão embarcando ou saindo da aeronave, as infecções podem se espalhar como fogo na mata.
Um conhecido estudo feito em 1979 detectou que, em um avião que ficou três horas parados com os motores desligados e sem ar circulando, 72% das 54 pessoas a bordo ficaram doentes num período de dois dias. A cepa de gripe que eles pegaram foi rastreada e descobriu-se que veio de um dos passageiros. Por essa razão, a Administração da Aviação Civil dos EUA emitiu um alerta, em 2003, para as companhias aéreas, dizendo que os passageiros deveriam ser retirados do avião em 30 minutos quando não houver circulação de ar, mas a conformidade não é obrigatória. Muito do perigo vem das bocas, narizes e mãos dos passageiros que sentam próximos. A zona crucial de exposição é geralmente dois assentos na frente, ao lado ou atrás de você, de acordo com um estudo feito em junho pela publicação especializada “Emerging Infectious Diseases”, publicada pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.