A dura rotina das mulheres, que se desdobram entre o trabalho e os cuidados com a casa, tem impacto na saúde. Levantamento de uma empresa especializada em check-ups de executivos mostra que os indicadores de saúde das diretoras de empresas pioraram nas últimas duas décadas. Elas hoje sofrem mais de hipertensão, gastrite, depressão e diabete que no início da década de 1990.
O estudo se baseia em exames de altas funcionárias de grandes empresas, mas dados do Data-SUS (banco de dados do Sistema Único de Saúde) mostram que os resultados valem para toda a população.
Nesses últimos 20 anos, a mulher se firmou cada vez mais no mercado, mas isso teve um efeito. O nível elevado de estresse faz com que produza cortizol permanentemente, o que atinge a mucosa gástrica.
Ela não dorme bem e consome doses excessivas de cafeína. Mais adiante vem a insônia.
A análise dos prontuários mostra que algumas doenças passaram a se manifestar mais – e mais cedo – entre as mulheres, como enfarte agudo do miocárdio e doenças cardiovasculares. Mulheres que fumam e tomam anticoncepcionais têm risco 20 vezes maior de ter um evento cardiovascular, com AVC, trombose.