Revista O Empresário / Número 160 · Novembro de 2011
Um consultor em tempo integral, que orienta o cliente não apenas em questões financeiras, mas também empresariais e até familiares. Um elo entre o correntista e as demais áreas do banco, como seguro, previdência, leasing e até mesmo com parceiros fora da instituição, como escritórios advocatícios. É assim que atua um gerente de relacionamento nas áreas de private banking.
O cliente deve se sentir prestigiado, único e exclusivo. A providência é fazer uma detalhada entrevista com ele para entender bem seus objetivos de curto, médio e longo prazos. A intenção é saber como está constituído seu patrimônio e se ele é um aplicador conservador ou arrojado. Mas nem tudo se resolve apenas com essa “radiografia” do cliente. Aqui há sutilezas. Um investidor de perfil mais conservador, naturalmente, seria avesso a riscos: investimento em ações, por exemplo.
Não no caso do cliente private. O gestor da conta não pode deixar de lhe indicar um investimento assim, se for uma boa oportunidade. Como esse cliente é muito bem informado, acabará sabendo de eventuais ganhos mais elevados nas rodas de amigos.
Outro princípio elementar do relacionamento gerente-cliente é o sigilo e a privacidade. Jamais o gestor pode deixar escapar qualquer detalhe dos clientes. E não poderia ser diferente, pois muitas vezes o gerente conhece a vida do cliente até melhor do que sua própria família. Por várias razões, que nunca devem ser questionadas pelo banco, há fatos sobre seus investimentos e negócios que o cliente não deseja que seja do conhecimento de filhos, esposa, outros parentes ou sócios.