Revista O Empresário / Número 160 · Novembro de 2011
Juntar as escovas de dente com prazo preestabelecido para separá-las – caso o amor não resista ao teste do convívio diário– poderá se tornar uma alternativa de casamento legal no México.
Depois de enfurecer as camadas conservadoras da sociedade mexicana com a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, os parlamentares esquerdistas da Assembleia da Cidade do México apresentaram um projeto de lei que possibilitará, se aprovado, o estabelecimento de prazo de duração para o casamento.
A proposta de reforma do Código Civil da capital mexicana determina um período mínimo de dois anos para a duração dos matrimônios. Se, ao final do prazo, os pombinhos continuarem felizes com a união, poderão renovar o compromisso. O objetivo do projeto seria poupar os casais que venham a se separar, dos tortuosos processos de divórcio.
A Igreja Católica, porém, não está nada satisfeita com a ideia. “Isso é um teatro eleitoral promovido por parlamentares irresponsáveis e imorais”, disse o porta-voz da Arquidiocese da Cidade do México, Hugo Valdemar. O país tem a segunda maior população católica do mundo, atrás apenas do Brasil. Será que os nossos políticos fariam igual no Brasil?